terça-feira, 26 de novembro de 2013

audiodescrição

INCLUSÃO:
Áudio-Descrição: Uma Fusão Perfeita entre Arte e Linguagem
A importância e a relação da linguagem e da arte na formação do sujeito crítico e participativo são claras e notórias, assim como de todas as outras áreas do conhecimento que não podem ser negadas às pessoas com deficiência visual. Portanto, o recurso áudio-descritivo precisa ser valorizado e aproveitado para que a existência destas pessoas seja cada vez mais produtiva e significativa enquanto cidadãos.
A audio-descrição é um recurso de tecnologia assistiva que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual, junto ao público de produtos audiovisuais. O recurso consiste na tradução de imagens em palavras. É, portanto, também definido como um modo de tradução audiovisual intersemiótico, onde o signo visual é transposto para o signo verbal. Essa transposição caracteriza-se pela descrição objetiva de imagens que, paralelamente e em conjunto com as falas originais, permite a compreensão integral da narrativa audiovisual. Como o próprio nome diz, um conteúdo audiovisual é formado pelo som e pela imagem, que se completam. A audio-descrição vem então preencher uma lacuna para o público com deficiência visual.
Alhures, ao escrevermos a respeito da áudio-descrição, assim nos expressamos:
Uma técnica de tradução visual surge na década de 1980 e vem se mostrando eficaz na comunicação dos elementos visuais às pessoas com deficiência visual, já sendo a sua utilização prevista em lei no Brasil. Trata-se da áudio-descrição, serviço de tecnologia assistiva que consiste na identificação e elocução de elementos visuais essenciais à compreensão e apreciação das imagens presentes nas obras teatrais, cinematográficas, televisivas, literárias, jornalísticas, científicas, artístico-culturais, entre outras, destinada principalmente às pessoas com deficiência visual, com dislexia, pessoas analfabetas, ou que não saibam o idioma em que um filme ou programa está sendo exibido.
O foco da áudio-descrição é oferecer ferramentas para tornar o mundo das imagens acessível àqueles que não as vêem, tornando tais imagens significativas, portanto, igualmente relevantes para as pessoas com deficiência visual, tanto quanto para os indivíduos que enxergam. Na áudio-descrição, as imagens falam aos sujeitos que não as vêem (com a mesma magnitude e beleza), agora, por meio da voz ou da escrita do áudio-descritor. A áudio-descrição faz parte do campo da tradução visual e é produzida segundo diretrizes técnicas pré-estabelecidas, dentre as quais a da oferta de narração dos elementos visualmente observados, nos intervalos/pausas entre as falas dos personagens, nas imagens contidas em livros e em legendas descritivas.
O propósito da Áudio-Descrição é propiciar às pessoas com deficiência visual, cegas ou com baixa visão, um quadro mais completo do que está sendo mostrado, viabilizando-as a participar de uma dada apresentação com a qualidade permitida a uma pessoa sem deficiência visual.
Utilizando-se técnicas de áudio-descrição de imagens estáticas, é possível aplicar o recurso no ambiente dos museus onde podem ser encontradas esculturas, pinturas e demais obras de arte para a apreciação de todos. Para a aplicação da áudio-descrição nesses ambientes será necessária a aplicação das técnicas de áudio-descrição de imagens estáticas. Este artigo propõe-se também a colaborar na divulgação de orientações que auxiliem os áudio-descritores na feitura da descrição de elementos visuais encontrados nos museus.
Para que se empreendam áudio-descrições que sejam, não apenas padronizadas, mas também fiéis ao conteúdo da obra algumas diretrizes de caráter geral têm sido aceitas pelo público com deficiência como sendo razoáveis na comunicação dos elementos essenciais à sua compreensão.
Expandindo as orientações de que na áudio-descrição se deve atentar para o que descrever e o como descrever, elencamos aqui as técnicas de descrição usadas na elaboração de descrições de imagens em museus, retiradas do site do Instituto Português de Museus.

Técnicas de Descrição de Imagem para Sítios Web de Museus

Descrição
Desenvolver a qualidade das descrições visuais é uma tarefa morosa que deve ser feita  cuidadosamente por pessoas que escrevam bem e que tenham conhecimentos na área da edição.
Na altura da criação do Virtual Museus Tour, não havia instruções disponíveis. Com a a preparação de aproximadamente 100 descrições visuais, foi desenvolvido um processo padrão. Este processo está resumido nas seis recomendações que se seguem e que poderão ser aplicadas noutros projetos da Web que envolvam imagens de obras de arte.

Recomendação UM: Seja Objetivo
A única função de uma descrição visual é descrever o aspecto de uma obra de arte.  Resumindo, deverá simplesmente responder à questão, “Como é o objeto?”. As descrições devem evitar quaisquer interpretações analíticas ou emotivas. Por outras palavras, não devem suscitar perguntas como, “O que quer dizer?” ou “O que é que acha?”. As descrições ajudam os visitantes a visualizar um objeto, e portanto fornecem um contexto para outras informações sobre outra obra que possam encontrar, tal como o historial antecedente, o estilo do artista ou o comentário dos críticos .  Ao combinar esta informação concreta com uma descrição objetiva, os visitantes da Web ficam suficientemente informados para fazer uma análise pessoal ou conseguir ter a sua própria reação emotiva.
No caso de personagens retratadas, num quadro ou noutra obra de arte , a objetividade  também deve ser aplicada.  Apesar de ser conveniente descrever a sua aparência, vestuário e ações, as descrições visuais não devem esforçar-se por explicar as suas motivações ou sentimentos, mesmo que estes estejam implícitos nos gestos ou no contexto. Se as emoções das personagens são óbvias na obra de arte, então serão provavelmente também notórios na descrição visual.
Neste exemplo, a descrição foi escrita sem referências à emoção, apesar do estado de espírito  implícito na pintura estar perceptível.



 http://deficienciavisual3.com.sapo.pt/txt-AudioDescricao_Museus-orientacoes.htm

Figura: William Adolphe Bouguereau (1825-1905) Francês,
THE SONG OF THE NIGTINGALE, 1895, pintura a óleo em tela, 55 x 35 polegadas,
Oferta de Robert Badenhop, 1954.12
 
...O corpo da rapariga está voltado para o seu lado esquerdo, enquanto que a cabeça e o olhar estão virados para o seu lado direito. Parte do cabelo castanho está puxado para trás até meio das costas. Tem sobrancelhas fartas, olhos escuros e faces avermelhadas. A boca é pequena e os lábios estão fechados. Os braços estão estendidos e as mãos com os dedos entrelaçados repousam nos seus joelhos...”

Finalmente, e porque o gosto artístico varia consoante a pessoa, as descrições visuais não devem conter juízos de valor sobre a qualidade da obra de arte, nem da habilidade do artista que o criou.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013



ATIVIDADES PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

1-MATERIAL Quebra – cabeça - Superposto -Sequência Lógica
Jogo de madeira com placas de plásticos,para encaixe de animais e plantas, que contemplam 4 estágios da vida do seres vivos da mesma espécie.

ESTIMULA -concentração, atenção, a sequência lógica da vida . Espaços quando esta colocando a peça no lugar certo. Desenvolvimento do raciocínio lógico do pensamento.

O Profº do AEE   pede para o aluno observar as gravuras e as placas. Pedir que ele coloque a gravura que vem primeiro, e assim sucessivamente,comparar as fazes de desenvolvimento dos seres vivos.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013


           2-   MATERIAL -CONTAS      PARA    ENFIAR

        Contas  para  colar coloridas   e uma linha nylon.

          ESTIMULA- Atenção ,concentração,a orientação espacial , a coordenação viso motora fina.
         Movimento de pinça.
        
        O Profº  do AEE pede que o aluno coloque as contas , enfiando no fio nylon, Depois ele pode contar ,dizer as cores das contas , quantas colocou no nylon, perguntar o que ele formou,etc.



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ALGUNS ALUNOS ATENDIDOS NO AEE




Escola  Francisco Domingos da Silva



PRANCHAS TEMÁTCAS



Pranchas Temática
Possui figuras que permite a comunicação escolhido pelo professor, para que o aluno possa apontar solicitando matérias ou respondendo as indagações do professor ou dos alunos.
Ela foi feita em papel cartão, cor preta ,para melhor visualização,em uma pasta de comunicação.
Primeira com roupas de uso diário, com materiais escolares,com brinquedos,etc pode ser construída
de acordo com a necessidade do aluno e professor.
Pode ser usada pelo aluno que tenha deficiência física moderada onde ele não fale mais possa aponta, podendo também ser cade irante e movimenta só um dos membros superior.










Pranchas com Estímulos Removívei
Essa pranchas foi construída com papel cartão e ,colocado velcro para permitir a fixação na prancha. Atrás de cada gravura e palavras também é colocada um velcro para fixação da gravura e palavras, dessa forma, a prancha permite usar dois estímulos dependendo da características do aluno ou comunicação, Ele poder apontar ou puxar a figurar até remover. Pode ser usada pelo aluno que tenha deficiência física moderada onde ele não fale mais possa aponta, podendo também ser cade irante e movimenta só um dos membros superior.



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

0 Papel do Professora do AEE na escola e na multifUCIOAL
O Professor do AEE, atua na sala multifuncional , que tem um papel fundamental para o aluno com deficiência ,esse professor tem a função de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminar as barreiras para plena participação dos alunos , considerando suas necessidades especificas. O AEE (atendimento educacional especializado) complementa e /ou suplementa a formação do aluno visando sua autonomia na escola e fora dela . Esses alunos são atendidos na sala multifuncional pelo o professor do AEE, duas vezes por semana no contra turno, podendo ser atendidos individualmente ou em dupla dependendo de suas necessidades . O professor do AEE ,elabora o plano individual do aluno dependendo das suas necessidades e orienta o professor da sala regular no tocante da importância da valorização do trabalho coletivo , de valorizar os pequenos avanços desses alunos ,suas conquistas na aquisição da leitura e escrita, fazer parcerias junto com a comunidade escolar e professor de educação física. O Professor do AEE é um articulador da inclusão escolar dentro de sua escola. Ele também observa a funcionalidade dos recursos usados em sala de aula regular e aplicabilidade, as distorções, a pertinência, orienta também, as famílias e os colegas da turma quanto ao uso dos recursos e o respeito as diferenças.
O Estudo de caso tem um grande valor para o AEE, ele nos ajudara a conhecer melhor o tipo do problema , a origem e as dificuldades encontradas nos alunos, observar e identificar suas potencialidades, isso nos facilitar muito a fazer o seu plano específico, a conhecer suas limitações e suas reais necessidades. A identificar aspectos que considere relevantes em seu ambiente familiar, e na comunidade escolar que possam favorecer seu desenvolvimento e aprendizagem e que venha nos ajudar a identifica os aspectos positivos no al
O Plano do AEE (atendimento educacional especializado) tem um papel fundamental para se trabalhar o cognitivo do aluno, porque é nele que vamos organizar o atendimento ,elaborar, identificar, produzir e escolher recursos pedagógicos , de acessibilidade, estratégias e equipamentos adequados para que possam eliminar as barreiras que impedem o aluno de avançar na sala regular considerando suas limitações, para que possa garantir a plena participação do aluno no processo escolar e na vida social independente de sua deficiência dentro de suas capacidades.

sábado, 25 de maio de 2013

Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008.
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Brasília - Janeiro de 2008
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GRUPO DE TRABALHO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Equipe da Secretaria de Educação Especial / MEC
Claudia Pereira Dutra - Secretária de Educação Especial
Claudia Maffini Griboski - Diretora de Políticas de Educação Especial
Denise de Oliveira Alves - Coordenadora Geral de Articulação da Política de Inclusão nos Sistemas de Ensino
Kátia Aparecida Marangon Barbosa - Coordenadora Geral da Política Pedagógica da Educação Especial
Colaboradores
Antônio Carlos do Nascimento Osório - Professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFMS. Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) PUC. Atua principalmente nos seguintes temas: políticas educacionais, minorias sociais, educação especial e direito à educação.
Cláudio Roberto Baptista - Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Doutor em Educação pela Universita degli Studi di Bologna (1996). Coordenador do Núcleo de Estudos em Políticas de Inclusão Escolar – NEPIE/UFRGS. Atua principalmente nos seguintes temas: educação especial, políticas de inclusão, relações entre pensamento sistêmico e educação e transtornos globais do desenvolvimento.
Denise de Souza Fleith - Professora da Universidade de Brasília – UNB; Doutora em Psicologia Educacional pela University Of Connecticut (1999) e pós-doutora pela National Academy for Gifted and Talented Youth (University of Warwick) (2005). Atua principalmente nos seguintes temas: criatividade no contexto escolar, processos de ensino-aprendizagem, desenvolvimento de talentos e superdotação.
Eduardo José Manzini - Professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP de Marília-SP; Doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo – USP (1995); Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial e Editor da Revista Brasileira de Educação Especial. Atua principalmente nos seguintes temas: inclusão da pessoa com deficiência, deficiência física, ajudas técnicas e tecnologia assistiva em comunicação alternativa e acessibilidade física.
Maria Amélia Almeida - Professora da Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. Doutora em Educação Especial pelo Programa de PhD da Vanderbilt University (1987).
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Vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial; Membro do editorial das publicações Journal of International Special Education e da Revista Brasileira de Educação Especial. Atua principalmente nos seguintes temas: deficiência mental, inclusão, profissionalização e Síndrome de Down.
Maria Teresa Egler Mantoan - Professora da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade - LEPED. Atua principalmente nos seguintes temas: direito incondicional de todos os alunos à educação, atendimento educacional especializado e deficiência mental.
Rita Vieira de Figueiredo - Professora da Universidade Federal do Ceará – UFC. Doutora (Ph.D.) em Psicopedagogia pela Universite Laval (1995) e pós-doutora em linguagem escrita e deficiência mental na Universidade de Barcelona (2005). Atua principalmente nos seguintes temas: educação especial, deficiência mental, linguagem escrita e inclusão escolar.
Ronice Muller Quadros - Professora da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Doutora em Lingüística e Letras pela Pontifícia Universidade Católica do RS – PUC, com estágio na University of Connecticut (1997-1998). Coordenadora do Curso de Letras/Língua Brasileira de Sinais e membro do editorial das publicações Espaço-INES, Ponto de Vista-UFSC e Sign Language & Linguistics.
Soraia Napoleão Freitas - Professora da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (1998) – UFSM. Coordenadora do Grupo de Pesquisa CNPq Educação Especial: interação e inclusão social. Atua principalmente nos seguintes temas: formação de professores, currículo, classe hospitalar, altas habilidades/superdotação, ensino superior e educação especial.
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SUMÁRIO
I - Apresentação.............................................................................................................. 5
II - Marcos Históricos e Normativos............................................................................. 6
III - Diagnóstico da Educação Especial......................................................................... 11
IV - Objetivo da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva .......................................................................................................................... 14
V - Alunos Atendidos pela Educação Especial..............................................................14
VI - Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva ............................................................................................................................16
VII - Referências Bibliográficas...................................................................................... 18
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I – APRESENTAÇÃO
O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas.
Nesta perspectiva, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos.
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II - MARCOS HISTÓRICOS E NORMATIVOS
A escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que delimita a escolarização como privilégio de um grupo, uma exclusão que foi legitimada nas políticas e práticas educacionais reprodutoras da ordem social. A partir do processo de democratização da educação se evidencia o paradoxo inclusão/exclusão, quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola. Assim, sob formas distintas, a exclusão tem apresentado características comuns nos processos de segregação e integração que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar.
A partir da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado no reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na regulação e produção das desigualdades. Essa problematização explicita os processos normativos de distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e lingüísticas, entre outras, estruturantes do modelo tradicional de educação escolar.
A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram a criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que definem, por meio de diagnósticos, as práticas escolares para os alunos com deficiência.
No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do Império com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi - 1926, instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954 é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE e; em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff.
Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº.
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4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino.
A Lei nº. 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir ‘tratamento especial’ para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender as necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais.
Em 1973, é criado no MEC, o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que, sob a égide integracionista, impulsionou ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas com superdotação; ainda configuradas por campanhas assistenciais e ações isoladas do Estado.
Nesse período, não se efetiva uma política pública de acesso universal à educação, permanecendo a concepção de ‘políticas especiais’ para tratar da temática da educação de alunos com deficiência e, no que se refere aos alunos com superdotação, apesar do acesso ao ensino regular, não é organizado um atendimento especializado que considere as singularidades de aprendizagem desses alunos.
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais, “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” , como um dos princípios para o ensino e, garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).
O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº. 8.069/90, artigo 55, reforça os dispositivos legais supracitados, ao determinar que "os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. Também, nessa década, documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994), passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva.
Em 1994, é publicada a Política Nacional de Educação Especial, orientando o processo de ‘integração instrucional’ que condiciona o acesso às classes comuns do ensino regular àqueles que "(...) possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais”.
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(p.19). Ao reafirmar os pressupostos construídos a partir de padrões homogêneos de participação e aprendizagem, a Política não provoca uma reformulação das práticas educacionais de maneira que sejam valorizados os diferentes potenciais de aprendizagem no ensino comum, mantendo a responsabilidade da educação desses alunos exclusivamente no âmbito da educação especial.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e; a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar. Também define, dentre as normas para a organização da educação básica, a “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado” (art. 24, inciso V) e “[...] oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames” (art. 37).
Em 1999, o Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular.
Acompanhando o processo de mudanças, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, determinam que:
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).
As Diretrizes ampliam o caráter da educação especial para realizar o atendimento educacional especializado complementar ou suplementar a escolarização, porém, ao admitir a possibilidade de substituir o ensino regular, não potencializa a adoção de uma política de educação inclusiva na rede pública de ensino prevista no seu artigo 2º.
O Plano Nacional de Educação - PNE, Lei nº 10.172/2001, destaca que “o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana”. Ao estabelecer objetivos e metas para que os sistemas de ensino favoreçam o atendimento às necessidades
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educacionais especiais dos alunos, aponta um déficit referente à oferta de matrículas para alunos com deficiência nas classes comuns do ensino regular, à formação docente, à acessibilidade física e ao atendimento educacional especializado.
A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo como discriminação com base na deficiência, toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais. Esse Decreto tem importante repercussão na educação, exigindo uma reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da diferenciação adotada para promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à escolarização.
Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução CNE/CP nº1/2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, define que as instituições de ensino superior devem prever em sua organização curricular formação docente voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais.
A Lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão, determinando que sejam garantidas formas institucionalizadas de apoiar seu uso e difusão, bem como a inclusão da disciplina de Libras como parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores e de fonoaudiologia.
A Portaria nº 2.678/02 aprova diretriz e normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do Sistema Braille em todas as modalidades de ensino, compreendendo o projeto da Grafia Braile para a Língua Portuguesa e a recomendação para o seu uso em todo o território nacional.
Em 2003, o Ministério da Educação cria o Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, visando transformar os sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos, que promove um amplo processo de formação de gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito de acesso de todos à escolarização, a organização do atendimento educacional especializado e a promoção da acessibilidade.
Em 2004, o Ministério Público Federal divulga o documento O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular, com o objetivo de disseminar
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os conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão, reafirmando o direito e os benefícios da escolarização de alunos com e sem deficiência nas turmas comuns do ensino regular.
Impulsionando a inclusão educacional e social, o Decreto nº 5.296/04 regulamentou as leis nº 10.048/00 e nº 10.098/00, estabelecendo normas e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Nesse contexto, o Programa Brasil Acessível é implementado com o objetivo de promover e apoiar o desenvolvimento de ações que garantam a acessibilidade.
O Decreto nº 5.626/05, que regulamenta a Lei nº 10.436/2002, visando a inclusão dos alunos surdos, dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular, a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos e a organização da educação bilíngüe no ensino regular.
Em 2005, com a implantação dos Núcleos de Atividade das Altas Habilidades/Superdotação – NAAH/S em todos os estados e no Distrito Federal, são formados centros de referência para o atendimento educacional especializado aos alunos com altas habilidades/superdotação, a orientação às famílias e a formação continuada aos professores. Nacionalmente, são disseminados referenciais e orientações para organização da política de educação inclusiva nesta área, de forma a garantir esse atendimento aos alunos da rede pública de ensino.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006, da qual o Brasil é signatário, estabelece que os Estados Parte devem assegurar um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social compatível com a meta de inclusão plena, adotando medidas para garantir que:
a)
As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de deficiência;
b)
As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem (Art.24).
Em 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Ministério da Educação, o Ministério da Justiça e a UNESCO lançam o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos que objetiva, dentre as suas ações, fomentar, no currículo da educação básica, as
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temáticas relativas às pessoas com deficiência e desenvolver ações afirmativas que possibilitem inclusão, acesso e permanência na educação superior.
Em 2007, no contexto com o Plano de Aceleração do Crescimento - PAC, é lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, reafirmado pela Agenda Social de Inclusão das Pessoas com Deficiência, tendo como eixos a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, a implantação de salas de recursos e a formação docente para o atendimento educacional especializado.
No documento Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas, publicado pelo Ministério da Educação, é reafirmada a visão sistêmica da educação que busca superar a oposição entre educação regular e educação especial.
Contrariando a concepção sistêmica da transversalidade da educação especial nos diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, a educação não se estruturou na perspectiva da inclusão e do atendimento às necessidades educacionais especiais, limitando, o cumprimento do princípio constitucional que prevê a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e a continuidade nos níveis mais elevados de ensino (2007, p. 09).
O Decreto nº 6.094/2007 estabelece dentre as diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, a garantia do acesso e permanência no ensino regular e o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, fortalecendo a inclusão educacional nas escolas públicas.
III - DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
O Censo Escolar/MEC/INEP, realizado anualmente em todas as escolas de educação básica, acompanha, na educação especial, indicadores de acesso à educação básica, matrícula na rede pública, inclusão nas classes comuns, oferta do atendimento educacional especializado, acessibilidade nos prédios escolares e o número de municípios e de escolas com matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais.
A partir de 2004, com a atualização dos conceitos e terminologias, são efetivadas mudanças no Censo Escolar, que passa a coletar dados sobre a série ou ciclo escolar dos alunos atendidos pela educação especial, possibilitando, a partir destas informações que registram a progressão escolar, criar novos indicadores acerca da qualidade da educação.
337.326374.699382.215404.743448.601504.039566.753640.317700.624375.488293.403311.354300.520323.399337.897358.898371.383378.074325.136262.243195.370145.141110.70481.34481.69563.34543.9230100.000200.000300.000400.000500.000600.000700.000800.000199819992000200120022003200420052006Total de matrículasMatrículas em Escolas Especializadas e Classes EspeciaisMatrículas em Escolas Regulares/Classes ComunsEntre 1998 e 2006, houve crescimento de 640% das matrículas em escolas comuns (inclusão) e de 28% em escolas e classes especiais.63,0%60,0%57,0%54,8%53,3%51,1%54,5%52,3%53,2%37,0%40,0%43,0%45,2%46,7%48,9%45,5%47,7%46,8%0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%
50,
70,
1998
PP
Os dados do Censo Escolar/2006, na educação especial, registram a evolução de 337.326 matrículas em 1998 para 700.624 em 2006, expressando um crescimento de 107%. No que se refere à inclusão em classes comuns do ensino regular, o crescimento é de 640%, passando de 43.923 alunos incluídos em 1998, para 325.316 alunos incluídos em 2006, conforme demonstra o gráfico a seguir:
Quanto à distribuição das matrículas nas esferas pública e privada, em 1998, registra-se 157.962 (46,8%) alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas privadas, principalmente em instituições especializadas filantrópicas. Com o desenvolvimento de políticas de educação inclusiva, evidencia-se um crescimento de 146% das matrículas nas escolas públicas, que passaram de 179.364 (53,2%) em 1998, para 441.155 (63%) em 2006, conforme demonstra o gráfico a seguir:
13
Com relação à distribuição das matrículas por etapa e nível de ensino, em 2006: 112.988 (16%) são na educação infantil, 466.155 (66,5%) no ensino fundamental, 14.150 (2%) no ensino médio, 58.420 (8,3%) na educação de jovens e adultos, 46.949 (6,7%) na educação profissional (básico) e 1.962 (0,28%) na educação profissional (técnico).
No âmbito da educação infantil, as matrículas concentram-se nas escolas/classes especiais que registram 89.083 alunos, enquanto apenas 24.005 estão matriculados em turmas comuns, contrariando os estudos nesta área que afirmam os benefícios da convivência e aprendizagem entre crianças com e sem deficiência desde os primeiros anos de vida para o seu desenvolvimento.
O Censo das matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais na educação superior registra que, entre 2003 e 2005, o número de alunos passou de 5.078 para 11.999 alunos. Este indicador, apesar do crescimento de 136% das matrículas, reflete a exclusão educacional e social, principalmente das pessoas com deficiência, salientando a necessidade de promover a inclusão e o fortalecimento das políticas de acessibilidade nas instituições de educação superior.
A evolução das ações da educação especial nos últimos anos se expressa no crescimento do número de municípios com matrículas, que em 1998 registra 2.738 municípios (49,7%) e, em 2006 alcança 4.953 municípios (89%), um crescimento de 81%. Essa evolução também revela o aumento do número de escolas com matrícula, que em 1998 registra apenas 6.557 escolas e chega a 54.412 escolas em 2006, representando um crescimento de 730%. Destas escolas com matrícula em 2006, 2.724 são escolas especiais, 4.325 são escolas comuns com classe especial e 50.259 são escolas comuns com inclusão nas turmas de ensino regular.
O indicador de acessibilidade arquitetônica em prédios escolares, em 1998, aponta que 14% dos 6.557 estabelecimentos de ensino com matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais possuíam sanitários com acessibilidade. Em 2006, das 54.412 escolas com matrículas de alunos atendidos pela educação especial, 23,3% possuíam sanitários com acessibilidade e 16,3% registraram ter dependências e vias adequadas (indicador não coletado em 1998).
Em relação à formação dos professores com atuação na educação especial, em 1998, 3,2% possuíam ensino fundamental; 51% possuíam ensino médio e 45,7% ensino superior. Em 2006, dos 54.625 professores que atuam na educação especial, 0,62% registraram somente ensino fundamental, 24% registraram ensino médio e 75,2% ensino
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superior. Nesse mesmo ano, 77,8% destes professores, declararam ter curso específico nessa área de conhecimento.
IV - OBJETIVO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino; transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até a educação superior; oferta do atendimento educacional especializado; formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão; participação da família e da comunidade; acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação; e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
V - ALUNOS ATENDIDOS PELA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Por muito tempo perdurou o entendimento de que a educação especial organizada de forma paralela à educação comum seria mais apropriada para a aprendizagem dos alunos que apresentavam deficiência, problemas de saúde, ou qualquer inadequação com relação à estrutura organizada pelos sistemas de ensino. Essa concepção exerceu impacto duradouro na história da educação especial, resultando em práticas que enfatizavam os aspectos relacionados à deficiência, em contraposição à dimensão pedagógica.
O desenvolvimento de estudos no campo da educação e a defesa dos direitos humanos vêm modificando os conceitos, as legislações e as práticas pedagógicas e de gestão, promovendo a reestruturação do ensino regular e especial. Em 1994, com a Declaração de Salamanca se estabelece como princípio que as escolas do ensino regular devem educar todos os alunos, enfrentando a situação de exclusão escolar das crianças com deficiência, das que vivem nas ruas ou que trabalham, das superdotadas, em desvantagem social e das que apresentam diferenças lingüísticas, étnicas ou culturais.
O conceito de necessidades educacionais especiais, que passa a ser amplamente disseminado, a partir dessa Declaração, ressalta a interação das características individuais
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dos alunos com o ambiente educacional e social, chamando a atenção do ensino regular para o desafio de atender as diferenças. No entanto, mesmo com essa perspectiva conceitual transformadora, as políticas educacionais implementadas não alcançaram o objetivo de levar a escola comum a assumir o desafio de atender as necessidades educacionais de todos os alunos.
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos.
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros.
As definições do público alvo devem ser contextualizadas e não se esgotam na mera categorização e especificações atribuídas a um quadro de deficiência, transtornos, distúrbios e aptidões. Considera-se que as pessoas se modificam continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão, enfatizando a importância de ambientes heterogêneos que promovam a aprendizagem de todos os alunos.
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VI - DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.
O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
O atendimento educacional especializado disponibiliza programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva, dentre outros. Ao longo de todo processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum.
A inclusão escolar tem início na educação infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio de serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social.
Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento educacional especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional.
Desse modo, na modalidade de educação de jovens e adultos e educação profissional, as ações da educação especial possibilitam a ampliação de oportunidades de escolarização, formação para a inserção no mundo do trabalho e efetiva participação social.
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A interface da educação especial na educação indígena, do campo e quilombola deve assegurar que os recursos, serviços e atendimento educacional especializado estejam presentes nos projetos pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos.
Na educação superior, a transversalidade da educação especial se efetiva por meio de ações que promovam o acesso, a permanência e a participação dos alunos. Estas ações envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a promoção da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, nos sistemas de informação, nos materiais didáticos e pedagógicos, que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de todas as atividades que envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão.
Para a inclusão dos alunos surdos, nas escolas comuns, a educação bilíngüe - Língua Portuguesa/LIBRAS, desenvolve o ensino escolar na Língua Portuguesa e na língua de sinais, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua na modalidade escrita para alunos surdos, os serviços de tradutor/intérprete de Libras e Língua Portuguesa e o ensino da Libras para os demais alunos da escola. O atendimento educacional especializado é ofertado, tanto na modalidade oral e escrita, quanto na língua de sinais. Devido à diferença lingüística, na medida do possível, o aluno surdo deve estar com outros pares surdos em turmas comuns na escola regular.
O atendimento educacional especializado é realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos específicos no ensino da Língua Brasileira de Sinais, da Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua, do sistema Braille, do soroban, da orientação e mobilidade, das atividades de vida autônoma, da comunicação alternativa, do desenvolvimento dos processos mentais superiores, dos programas de enriquecimento curricular, da adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos, da utilização de recursos ópticos e não ópticos, da tecnologia assistiva e outros.
Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação especial na perspectiva da educação inclusiva, disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/intérprete de Libras e guia intérprete, bem como de monitor ou cuidador aos alunos com necessidade de apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante no cotidiano escolar.
Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas
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comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de educação especial.
Esta formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional inclusivo, tendo em vista o desenvolvimento de projetos em parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, os atendimentos de saúde, a promoção de ações de assistência social, trabalho e justiça.
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 5.692, de 11 de agosto de 1971.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990.
BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº 10.048, de 08 de novembro de 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Especial - MEC/SEESP, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei Nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.
19
BRASIL. Decreto Nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais – orientações gerais e marcos legais. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
BRASIL. IBGE. Censo Demográfico, 2000. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ home/estatistica/populacao/censo2000/default.shtm>. Acesso em: 20 de jan. 2007.
BRASIL. INEP. Censo Escolar, 2006. Disponível em: <http:// http://www.inep.gov.br/basica/censo/default.asp >. Acesso em: 20 de jan. 2007.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC, 2007.

sexta-feira, 24 de maio de 2013







Superando limitações para inclusão.
Elisabete Ferreira Penas
Fortaleza, 29 de abril de 20 13.


Uma das maiores conquista é poder participar desse curso. É ampliar meus conhecimentos em relação as deficiência e como facilitar aprendizagem desses alunos e poder inseri-lo na sociedade, onde eles possam ter uma vida digna dentro das suas limitações e poder estudar novamente, conhecer novas pessoas , fazer amizades, compartilhar experiências e dificuldades. Estou muito apreensiva com esse curso ,por não dominar as ferramentas do computador e internet, por nunca ter participado de atividade onde são usadas chats, links, softwares, editor de texto , planilhas, etc. Acredito que vai ser muito bom por que tenho que superar minha próprias limitações em relação as novas tecnologias ampliar meus conhecimentos com os livros, filmes , questionamentos e com a interação com as colegas do curso. Os tutores serão de grande importância para nós , porque irão nos ajudar a superar os barreiras que forem surgindo ao longo do curso ,para juntos podermos encontrar soluções para as nossas limitações com EAD.

Pesquisa sobre inclusão EScola e oferta no AEE do Municipio

PESQUISA SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR E A OFERTA DO AEE NO MUNICÍPIO E NA ESCOLA

Nome do Cursista: Elisabete Ferreira Penas
Número da Turma: AEE2013 T20b CE Fortaleza (b)
Estado / Município Polo: Fortaleza
Estado / Município Abrangência: Ceará
Nome da Escola: CMES .Francisco Domingos da Silva
Estado / Município da Escola: Ceará
Data(s) d
Atendimento Educacional Especializado

a realização da pesquisa: 08/05/2013

DADOS SOBRE O MUNICÍPIO

1. Quantas salas de recursos multifuncionais existem em seu Município?
1.( )
2.( )
3.( )
4.( )
5.( )
Mais que 5.(x ) Quantas? 121
2. Este número é suficiente para atender à demanda?
Sim ( ).
Não ( ). Quantas salas faltam? ___________
R . A pessoa a qual entrevistei não sente-se segura para responder.
3. Em média, quantos alunos são atendidos em cada sala de recursos multifuncional no seu Município?
Menos de 10.
( )

Entre 10 e 20.
(x)

Mais de 20.
( )
Quantos? 16

4. O que define a organização do AEE oferecido nas salas de recursos Multifuncionais do seu município?
  • A formação dos professores em uma deficiência específica (intelectual, física, entre outras).
( )
  • A formação do professor específica para o AEE.
(x)
  • A demanda de alunos.
(x)
  • Outros. Especifique: __________________
( )
________________________________________
DADOS SOBRE A ESCOLA SELECIONADA

5. A escola selecionada para sua pesquisa pertence à:
Rede Municipal.
(x)
Rede Estadual.
( )

6. Dos recursos de tecnologia assistiva abaixo, responda às questões assinalando com x na tabela, tendo como referência a escola selecionada para a pesquisa. Para cada linha assinale as alternativas correspondentes.
OBS: Os recursos pedagógicos e de tecnologia assistiva listados abaixo ilustram algumas alternativas que poderão ser disponibilizadas aos alunos, a partir do trabalho nas salas de recursos multifuncionais (SRM). Assinale com X a primeira alternativa: se TEM ou NÃO TEM na Escola. Se TEM, assinale com X a segunda alternativa: se SÃO USADOS nas SRM ou NÃO SÃO USADOS. Caso não conheça alguns desses recursos, não responda a linha correspondente.


Tem na escola
Não tem na Escola

São usados nas SRM
Não são usados nas SRM
Engrossador para lápis, talheres, escova de dentes pincéis,...

x



Órteses para fixar lápis, pincel, talheres,...

X



Ponteira de boca ou de cabeça

X



Tesoura mola

X



Alfabeto móvel em vários tamanhos e materiais

X



Plano inclinado

X



Jogos com diferentes materiais e tamanhos apropriados aos alunos com deficiência física

X



Mobiliário adequado ao aluno com deficiência física envolvendo mesas reguláveis, cadeiras com adequação postural e cadeira de rodas.
X


X

Prancha de comunicação com símbolos gráficos, fotografias, palavras e letras.

X



Vocalizadores em vários formatos e modos de acesso ás mensagens.

X



Software para comunicação alternativa com símbolos gráficos

X



Software de Pranchas dinâmicas onde o computador se transforma em ferramenta de voz
x



x
Teclados virtuais com varredura

X



Teclados de diferentes tamanhos e programáveis na sensibilidade e disposição/conteúdos de teclas

x



Colméia de acrílico para teclado
x



X
Mouses de diferentes formatos e programáveis em funções de teclas e sensibilidade

x



Dispositivo para movimentação e posicionamento de cursor pelo movimento de cabeça ou ocular

x



Acionadores de diferentes formatos que valorizam diferentes habilidades: pressão, tração, sopro, piscar, ......

x



Mouse com plug para entrada de acionador
x



x
Monitor de tela de toque

x



Software editor de texto com símbolos gráficos e retorno de voz

X



Software leitor de tela

X



Software de OCR para leitura de texto impresso

X



Software para ampliação de tela

X


x
Reglete

x



Alfabeto Braille em vários tamanhos e materiais

x



Caderno para escrita ampliada

x



Lupa com luz, manual ou de mesa

x



Lupa sem luz, manual ou de mesa
X




Lupa eletrônica

x



Guia para assinatura

x



Máquina de escrever em Braille

x



Impressora Braille

x



Sorobã
x



x
Calculadora com retorno auditivo





Bengalas dobráveis

x



Relógio com retorno auditivo ou relevo

x



Jogos com sinalização em Braille ou relevo
x



x
Jogos com sinalizações em libras, apropriados aos alunos com surdez

x



Sistema FM

x



CDs ou softwares em libras e português
x



x
Dicionário em libras

x



Softwares com banco de imagens para auxiliar o estudo da LIBRAS e do Português para alunos com surdez.

x




7. Quais são as ações da educação especial desenvolvidas na Escola selecionada para a pesquisa? Se for o caso, pode assinalar mais de uma opção.

  • Oferece o AEE.
(x)
  • Promove formação continuada de professores de AEE.
(x)
  • Promove formação continuada de professores da sala de aula comum.
( )
  • Oportuniza acessibilidade nos espaços e materiais escolares.
( )
  • Orienta as famílias.
(x)
  • Estabelece parceria com outros setores na comunidade.
(x)
  • Outras. Especifique:
( )
____________________________________________________________________________________________________________________________________

8. Em relação aos alunos que frequentam a sala de recursos multifuncionais:
  • Quantos são da escola selecionada para a pesquisa? 19
  • Quantos são de outras escolas? 0

9. No projeto político pedagógico da escola selecionada para a pesquisa está previsto a oferta do AEE?
Sim (X ). De que forma? ____ O PPP tem um paragrafo que contempla o AEE como uma das ações desenvolvidas dentro da escola. ______________________________________________________________________________________________________________
Não (x). Por quê?

10. Indique quais adequações físicas foram (estão sendo, serão) executadas na escola selecionada para a pesquisa. Assinalar:
1: para as ações que já foram realizadas
2: para as ações que estão em andamento
3: para as ações que ainda serão realizadas
X: Caso não identifique nenhuma adequação

  • Construção ou adequação de rampas.

  • Adequação de banheiros.
1
  • Sinalização sonora.

  • Alargamento de portas.

  • Sinalização visual.
( )
  • Sinalização tátil.
( )
  • Nenhuma adequação.
( )
Outros. Especifique:
( )
No caso da escola pesquisada, o aludo usuário de cadeira de rodas não tem acesso ao Laboratório de Informática por não possuir rampa.

11. Quais são as ações desenvolvidas pelo profissional de AEE na SRM da escola selecionada para sua pesquisa?
R: Desenvolver atividades específicas para cada deficiência. Produzir o material que venha a ser utilizado com determinados alunos com deficiências. Dialoga com o professor da sala de aula comum e a família sempre informando de suas dificuldades e avanços . Observar o aluno em sala regular .

12. O AEE contribuiu para a melhoria do desempenho do aluno que frequenta esse serviço?
Não ( ). Por que? __________________________________________________________________________________________________________________________

Sim (x). Em que?
O aluno no AEE tem a motivação para participar melhor das atividades desenvolvidas em sala de aula regular e desenvolver suas potencialidades porque muitas vezes o professor não tem tempo para ele ,devido ter muitos alunos.

13. Como o Professor de AEE se articula com o Professor da sala de aula comum para que ambos possam atender adequadamente as necessidades dos alunos que tem em comum?
Resposta: Dialogondo para saber quais as suas necessidades e dificuldades.

14. Qual a participação da família no AEE na escola selecionada para a pesquisa?
Resposta: Muitas famílias são omissas , mais já tem outras que participam da vida do aluno.

15. Em que período os alunos frequentam a sala de recursos multifuncionais da escola selecionada para a pesquisa?
  • No período oposto ao das aulas na sala de aula comum.
(x)
  • No mesmo período em que frequentam as aulas na sala de aula comum. Justifique.
( )
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

  1. Outras observações que você considera relevantes a partir da pesquisar.
Tem alunos que são retirados de sala , por serem cadeirantes ou tem muitas dificuldades ,e os pais não poderem trazer no contra turno.